O setor imobiliário está novamente no centro das atenções do mercado de capitais, e esse momento, aliado à ascensão das Real Estate Fintechs, pode trazer excelentes oportunidades de investimento para incorporadoras. Se você quer aproveitar essas possibilidades, continue lendo.
Recentemente, as ações de construtoras apresentaram uma alta significativa de 9,62%, e a MRV anunciou um follow-on de até R$ 1 bilhão. Além disso, os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) têm como estimativa captar cerca de R$ 30 bilhões até o final deste ano. Essa reversão do ciclo de taxa de juros está valorizando os ativos e atraindo capital para o segmento.
Apesar disso, é importante lembrar que o capital institucional nem sempre é facilmente acessível para a maioria das construtoras e incorporadoras, especialmente para os empresários regionais que compõem a grande maioria desse mercado. Muitos deles têm dificuldades ou receio em captar dinheiro institucional, optando, em muitos casos, por operar com capital próprio ou levantar recursos com investidores locais para complementar os financiamentos obtidos junto aos bancos. Encontrar investidores nesse cenário requer tempo e esforço, e nem todos têm a habilidade necessária para essa tarefa.
É nesse contexto que as Real Estate Fintechs emergem como uma alternativa de financiamento para incorporadoras e uma nova abordagem para gestoras tradicionais. Há alguns anos, já falávamos sobre o movimento das empresas que unem tecnologia, conhecimento do mercado imobiliário e novas soluções de financiamento para facilitar negócios de alta escalabilidade no setor.
Um exemplo disso é o modelo de crowdfunding, que foi um dos precursores nesse caminho. Iniciativas como a Captable têm levantado recursos para projetos imobiliários, com cheques de até R$ 5 milhões, e as novas regulações ampliaram as possibilidades para até R$ 15 milhões.
Esse tipo de movimento fortalece o espaço e incentiva o surgimento de outras plataformas, como as que trabalham com a tese de home equity. Empresas como Creditas, Key Cash e Cashme têm se beneficiado das baixas taxas de juros e desenvolvido modelos para fornecer recursos a empresários do setor, utilizando ativos imobiliários como garantia para novos projetos.
E não para por aí, novos modelos têm surgido, agregando diferentes maneiras de apoiar o incorporador. Algumas dessas fintechs se especializam em subsegmentos de mercado, como o setor de loteamentos, enquanto outras combinam o investimento financeiro com uma plataforma de serviços agregada ao empreendimento. Há também aquelas que utilizam a tecnologia para maximizar o processo de avaliação do investimento e apoio ao portfólio.
Além disso, é cada vez mais comum incorporadores criarem seu próprio ecossistema de investidores e trabalharem na fidelização desses parceiros.
Grandes players como a Housi têm impulsionado essa mudança de mentalidade, mas empresas mais recentes, como a SeaZone e a Parkside, têm obtido sucesso ao lançar novos projetos em tempo recorde, trabalhando exclusivamente com uma base de compradores investidores recorrentes e com foco em renda imobiliária.
Certamente, veremos o surgimento de mais soluções tecnológicas que buscam facilitar a vida dos incorporadores que optem por seguir esse caminho.
Com o reaquecimento do mercado de capitais, abre-se um novo ciclo de disponibilidade de capital para incorporadoras brasileiras, o que também resulta no fortalecimento dos concorrentes capazes de atrair recursos.
Diante desse cenário de mudança, é essencial que sua incorporadora busque fortalecer suas estratégias de captação de recursos. Mais do que apenas oferecer dinheiro, inúmeros originadores de recursos estão disponibilizando o chamado Smart Money, ou seja, capital acompanhado de suporte intelectual, ferramental e conexões que podem impulsionar a performance do projeto.
Então, como a sua incorporadora está se preparando para aproveitar essas oportunidades e fortalecer suas estratégias de captação de recursos no mercado atual?
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