Escassez de mão de obra atinge construção civil: “O filho do mestre de obras é engenheiro e não quer ir para a obra“, diz CEO
O setor da construção civil enfrenta um cenário desafiador com a crescente falta de mão de obra qualificada. Ricardo Mateus, CEO da construtora Brasil ao Cubo, destacou em uma recente declaração um fenômeno preocupante: “O filho do mestre de obras é engenheiro e não quer ir para a obra“. A frase reflete uma mudança cultural em que as novas gerações evitam atuar diretamente em canteiros de obras, preferindo áreas administrativas ou de inovação tecnológica.
A dificuldade em atrair mão de obra qualificada não se limita apenas à construção pesada. A indústria enfrenta carências em segmentos fundamentais, como instalações elétricas, hidráulicas, alvenaria e acabamento. “A imagem tradicional do trabalho na construção civil precisa ser modernizada. Para tornar a profissão mais atraente, é necessário apostar em tecnologia, segurança e qualificação profissional”, explica Mateus.
Tecnologia e inovação como soluções
Para enfrentar esse desafio, empresas estão investindo cada vez mais em tecnologias como construção modular, inteligência artificial e plataformas digitais de gestão de obras. Além disso, programas de capacitação têm sido criados para treinar profissionais para novos métodos construtivos.
A construção civil é um setor vital para a economia brasileira e um motor de geração de empregos. No entanto, sem uma mudança estratégica para tornar a profissão mais atraente e qualificada, o país pode enfrentar dificuldades para atender à crescente demanda por habitações e infraestrutura.
Iniciativas para capacitação e modernização
A solução para a escassez de mão de obra envolve uma combinação de modernização tecnológica e investimentos em capacitação. Iniciativas de parcerias público-privadas e programas de formação em escolas técnicas são essenciais para trazer novas gerações para os canteiros de obras com um olhar renovado e tecnológico.
As mudanças que estão moldando o futuro da construção civil exigem que empresas adaptem seus modelos operacionais para uma era em que a qualificação profissional, inovação e segurança desempenham papéis centrais.